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             Ranking 
            do Poder Militar na América do Sul - 2003 / 2004 | 
 
 
      
| O 
            presente estudo foi elaborado utilizando-se uma metodologia 
            exclusiva desenvolvida pelo Military Power Review, onde foram 
            analisados fatores militares, econômicos e geopolíticos 
            de cada país, atribuindo-se pontos e um peso para cada item 
            de acordo com sua importância, que em sua totalidade refletiram 
            a escala de poder das principais nações sul-americanas: | 
| País | Exército (pontos) | Marinha | Força 
            Aérea (pontos) | Efetivos / Pop. (pontos) | G.M. 
            / PIB (pontos) | EDN (pontos) | P.E. 
             (pontos) | Total 
             de pontos | Ranking | 
| Brasil | 209 
             | 145 | 190 | 10 | 40 | 20 | 39 | 653 | 1º | 
| Peru | 131 | 81 | 100 | 30 | 40 | 20 | 21 | 423 | 2º | 
| Argentina | 141 | 107 | 94 | 10 | 30 | 10 | 27 | 419 | 3º | 
| Chile | 117 | 68 | 80 | 40 | 40 | 25 | 17 | 387 | 4º | 
| Colômbia | 26 | 46 | 115 | 40 | 40 | 25 | 22 | 314 | 5º | 
| Venezuela | 71 | 63 | 64 | 30 | 30 | 10 | 14 | 282 | 6º | 
| Equador | 53 | 52 | 44 | 40 | 50 | 10 | 5 | 254 | 7º | 
| © 
            www.militarypower.com.br | |||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Análise: | 
| De 
              um modo geral os países da região têm sofrido 
              nos últimos anos severas restrições orçamentárias, 
              reflexo das crises econômicas pelas quais passaram e pelas 
              crescentes necessidades na área social. No âmbito global, 
              vários países reverteram essa tendência que 
              vinha desde a queda do muro de Berlim, após os atentados 
              terroristas do dia 11 de setembro de 2001, aumentando seus gastos 
              militares, com ênfase nas forças de ação 
              rápida e na segurança interna. Mas apesar da crônica 
              falta de recursos, as principais nações sul-americanas 
              procurararam manter suas tropas com adequado nível operacional, 
              sem descuidar do adestramento de seus efetivos e investindo no reequipamento 
              de alguns materiais já obsoletos e na modernização 
              de outros, embora aquém do ideal desejado. O Ranking 2004 
              mostra o Brasil ainda bem à frente das demais forças 
              do continente, mais pela diminuição de efetivos e 
              de armamentos dos vizinhos do que fruto de uma política consistente 
              de Defesa Nacional ou gastos militares compatíveis com o 
              tamanho de sua economia e dimensão geopolítica. A 
              grande surpresa foi a segunda colocação do Peru, que 
              utiliza predominantemente armas de origem russa, ultrapassando a 
              Argentina, hoje vivendo um período de graves cortes no orçamentos 
              militar, por apenas 4 pontos. O Chile ficou em quarto, mas talvez 
              seja o único com um planejamento de longo prazo, alocando 
              um percentual fixo das receitas com a exportação de 
              cobre para os gastos militares. Possui pequenos efetivos reconhecidamente 
              bem treinados e equipados. A Colômbia, agora com uma substancial 
              ajuda econômico-militar dos Estados Unidos, continua sua luta 
              contra a guerrilha que há mais 40 anos domina parte do país. 
              A Venezuela com graves problemas políticos, não consegue 
              converter os ganhos com a exportação de suas ricas 
              jazidas de petróleo em benefício de seu povo ou maiores 
              investimentos na área militar. O Equador, com pequeno território 
              e uma economia frágil, mantem efetivos e gastos militares 
              desproporcionais ao seu porte, devido ao perigo representado pela 
              guerrilha colombiana muito próxima e ao eterno litígio 
              sobre as fronteiras com o Peru. | 
         
 
| Situação 
              atual e perpectivas: | 
| O 
              Brasil prossegue com o programa de modernização dos 
              caças F-5E Tiger II, AMX 
              / A-1 e das fragatas da classe Niterói, aquisição 
              dos turbo-hélices A-29 ALX para atuarem em apoio ao SIVAM, 
              que já conta com os avançados R-99A (AEW&C) e 
              R-99B (SR) totalmente 
              operacionais. Programas importantes como o Projeto 
              FX para aquisição de caças de superioridade 
              aérea, o Plano de Reaparelhamento da Marinha para os próximos 
              15 anos e a aquisição de novos veículos blindados 
              sobre rodas para o Exército continuam em compasso de espera. 
              Há a promessa de recursos extras da ordem de US$ 300 milhões 
              para investimentos no ano de 2005. O Peru pretende adquirir da Marinha 
              italiana quatro fragatas da classe Lupo, modernizar seus submarinos 
              IKL 209/1200 e se esforça para manter operacionais seus Mig-29. 
              O Chile que aguarda a incorporação de dois submarinos 
              Scorpene adquiridos novos e o início das entregas dos caças 
              F-16C Block 50, 
              comprou da Royal Navy uma fragata Type 22 e negocia com a Holanda 
              a compra de quatro fragatas usadas das classes L e M. A Argentina 
              desisitiu dos helicópteros de ataque AH-1S 
              Cobra, ex-US Army, priorizando a modernização 
              dos UH-1H Huey, dos 
              blindados leves Panhard AML-90 e dos carros de combate TAM. Vale 
              ressaltar o crescente intercâmbio entre as diversas Forças 
              Armadas do continente através de operações 
              e exercícios conjuntos, cogitando-se até o desenvolvimento 
              de alguns equipamentos militares em comum. Merece destaque a participação 
              de tropas brasileiras na recente missão 
              de paz no Haiti (MINUSTAH), cujo comando a ONU delegou ao Brasil, 
              com apoio de tropas argentinas, chilenas, peruanas e uruguaias, 
              embora estas em menor número.  | 
| Notas 
              importantes: > Exército: pontuaram tanques pesados (MBT), blindados 6x6 e 8x8 artilhados, blindados de transporte de tropas, canhões autopropulsados e helicópteros. > Marinha: pontuaram navios-aeródromos, submarinos, fragatas, destróiers, corvetas, navios de patrulha, navios de apoio (NCC/NDD/NTTr), helicópteros e aviões de esclarecimento marítimo/patrulha/anti-submarinos. > Força Aérea: pontuaram aviões AEW&C/SR, caças, aviões de ataque, aeronaves de transporte/Revo, aviões de patrulha marítima/anti-submarinos e helicópteros. > Efetivos / Pop. = índice do total de efetivos das três Armas em relação à população do país. Quanto maior este índice maior a pontuação recebida (de 10 a 50 pontos). > G.M./ PIB = índice dos gastos militares em relação ao Produto Interno Bruto(PIB). Quanto maior este índice maior a pontuação recebida (de 10 a 50 pontos). > EDN = Estratégia de Defesa Nacional: considerou-se planejamento de longo prazo, vontade política, interesse no fortalecimento das Forças Armadas, indústria bélica e Política de Defesa Nacional. > P.E. = Projeção Estratégica: considerou-se a população total, área do país, efetivos militares, Produto Interno Bruto (PIB), capacidade de mobilização e atuação em missões de paz da ONU. |