Soldado do Exército - Estados Unidos

Atuação: Afeganistão - desde 2001


A invasão do Afeganistão pelas forças americanas ocorreu logo após os ataques de 11 de setembro de 2001, apoiada por seus aliados como a Grã-Bretanha. O presidente George W. Bush exigiu que o Taliban entregasse Osama Bin Laden e expulsasse a al-Qaeda do Afeganistão. Bin Laden era procurado pelos EUA desde 1998 pelo ataque a duas embaixadas americanas. O governo do Taliban se recusou a extraditá-lo, a menos que fornecesse evidência de seu envolvimento nos ataques de 11 de setembro. Eles ignoraram as exigências dos americanos para fechar as bases da al-Qaeda. Inicialmente, o general Tommy Franks, então comandante do Comando Central (CENTCOM), propôs ao presidente Bush e ao secretário de Defesa Donald Rumsfeld que os EUA invadissem o Afeganistão usando uma força convencional de 60.000 soldados, precedida por seis meses de preparação. Rumsfield e Bush temiam que uma invasão convencional do Afeganistão pudesse se tornar um conflito prolongado e desgastante como acontecera com os soviéticos na década de 80. Franks retornou no dia seguinte com um plano utilizando as Forças Especiais. Em 26 de setembro de 2001, membros da Divisão de Atividades Especiais da CIA (SAD) foram infiltrados como parte da equipe "Jawbreaker" no Afeganistão, com a incumbência de contatar o líder da Aliança do Norte e convencê-lo a lutar ao lado dos americanos contra o Taliban. Duas semanas depois, na Task Force Dagger, 12 homens do Grupo de Forças Especiais, além de controladores aéreos avançados da Força Aérea, foram transportados de helicóptero da Base Aérea Karshi-Khanabad no Uzbequistão a mais de 300 quilômetros através dos 4.900 m das montanhas Hindu Kush em condições de visibilidade zero por dois helicópteros MH-47E Chinook.

Eles se uniram aos homens da CIA e à Aliança do Norte. Em poucas semanas, esta já havia capturado várias cidades importantes do Taliban. Os Estados Unidos lançaram oficialmente a Operação Liberdade Duradoura ("Operation Enduring Freedom") em 7 de outubro de 2001 com o apoio da Grã-Bretanha. Os dois foram posteriormente acompanhados por outros países, como Alemanha, Canadá e Austrália. Os americanos e seus aliados expulsaram o Taliban do poder e construíram bases militares perto das principais cidades do país. Porém a maior parte dos líderes da al-Qaeda e do Taliban não foram capturados, fugindo para o vizinho Paquistão ou recuando para regiões montanhosas remotas. Em 20 de dezembro de 2001, as Nações Unidas autorizaram uma Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), com um mandato para ajudar os afegãos a manter a segurança em Cabul e áreas adjacentes. Foi inicialmente estabelecido a partir da sede da 3ª Divisão Mecanizada Britânica sob o comando do Major General John McColl e nos primeiros anos não ultrapassou 5.000 efetivos. Dezoito países contribuíram para a força a partir de fevereiro de 2002. No auge da intervenção, os americanos contaram com mais de 100.000 homens tanto do US Army quanto do US Marine Corps, atuando em território afegão. A Batalha de Tora Bora ocorreu entre os dias 6 de dezembro de 2001 a 17 de dezembro de 2001, durante os estágios iniciais da guerra no Afeganistão. Os americanos e seus aliados acreditavam que Osama Bin Laden estava escondido nas montanhas de Tora Bora. As forças americanas e aliadas invadiram as posições do Taliban e da al-Qaeda e ouviram a voz de Bin Laden em interceptações de transmissões de rádio várias vezes, mas não conseguiram matá-lo ou capturá-lo. Bin Laden escapou para as Áreas Federadas Tribais do Paquistão, onde permaneceu por quase uma década antes de ser localizado e morto pelos SEAL/DEVGRU da Marinha em maio de 2011, na "Operação Lança de Netuno".

A Operação Anaconda ocorreu no início de março de 2002, no vale Shahi-Kot e nas montanhas Arma, a sudeste de Zormat. Esta operação foi a primeira batalha em larga escala na guerra dos Estados Unidos no Afeganistão desde a Batalha de Tora Bora em dezembro de 2001. Esta foi a primeira operação no teatro do Afeganistão a envolver um grande número de forças americanas convencionais. Entre 2 de março e 16 de março de 2002, 1.700 tropas americanas transportadas por via aérea e mil milicianos afegãos pró-governo lutaram contra guerrilheiros da al-Qaeda e do Taliban para obter o controle do vale. Os rebeldes dispararam morteiros e fogo de metralhadoras pesadas de suas posições entrincheiradas nas cavernas e cordilheiras do terreno montanhoso, sobre as forças americanas que tentavam proteger a área. Os americanos estimaram a força dos rebeldes no vale de Shahi-Kot em 150 a 200, mas informações posteriores sugeriram que a força real era de 500 a 1.000 rebeldes. Estima-se que cerca de 500 guerrilheiros foram mortos ou feridos nos combates. Em 27 de janeiro de 2003, durante a Operação Mangusto, um bando de guerrilheiros foi atacado pelas tropas americanas no complexo da caverna Adi Ghar, a 25 km ao norte de Spin Boldak. Dezoito rebeldes foram mortos, sem vítimas dos EUA. O local era suspeito de ser uma base para suprimentos e insurgentes vindos do vizinho Paquistão.

O soldado do US Army ao lado está usando o uniforme com padrão de camuflagem OCP (Operacional Camouflage Pattern), originalmente chamado de Scorpion W2, adotado em meados de 2010, após o Exécito concluir que o padrão até então utilizado, o Universal Camouflage Pattern (UCP), não atendia adequadamente a todas as necessidades de ocultação nas múltiplas regiões do Afeganistão. Este uniforme tem todos os seus fechamentos feitos por velcro ao invés de botões ou zíperes, como parte frontal, bolsos, punhos e gola, o que se por um lado facilita vestir ou tirar o uniforme, por outro pode denunciar a posição do combatente caso o velcro se solte inadivertidamente e produza um barulho característico. As insígnias e os emblemas são confeccionados em material não reflexivo monocromático para evitar a detecção por infravermelho. Podemos observar reforços em tecido ou material sintético nos ombros, nos cotovelos e nos joelhos. O colete tático é do tipo MOLLE (Modular Lightweight Load-carrying Equipment), com diversos compartimentos que podem ser adicionados ou retirados do colete de acordo com a missão a executar. Normalmente são utilizados para levar pentes adicionais de munição para o fuzil e para a pistola, kit de primeiro-socorros, granadas, sinalizadores, cantil ou bolsa de hidratação (3 litros), e acoplar a mochila. O capacete possui encaixe para os óculos de visão noturna, neste caso um modelo AN/PVS-14 NVG. Sua arma principal é um fuzil Colt Commando M4, calibre 5.56 mm, com mira ótica amplificada 30R MAG X4, mira a laser AN/PEQ-15 e lanterna tática. A arma secundária é uma pistola semi-automática Beretta 92FS, designada M9, calibre 9 mm Parabellum.





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