Special Tactics Squadrons (STS) - EUA
Operando sob a coordenação do AFSOC, a composição das equipes STS pode variar de acordo com o perfil da missão a ser executada: se a tarefa é de busca e resgate em combate de um piloto abatido atrás das linhas inimigas, a equipe terá em sua maioria os parajumpers, por outro lado, se a tarefa é capturar e manter uma pista de pouso, a equipe será montada predominantemente por controladores aéreos de combate. Como cada missão tem um perfil específico, os membros dos STS são treinados para enfrentar as condições mais adversas possíveis buscando sempre se superar, adaptar ou improvisar para alcançar seus objetivos. Os controladores aéreos de combate são especializados em infiltrações táticas por via aérea, por mar ou por terra em ambientes hostis, prontos para estabelecer zonas de assalto e coordenar o tráfego das aeronaves envolvidas. Zonas de assalto podem ser áreas para lançamento de paraquedistas, para desembarque de tropas helitransportadas, para pouso de aeronaves de asa fixa, para uma exfiltração de combatentes ou para lançamento de cargas à baixa altitude. Os controladores também são responsáveis pela orientação do tiro efetuado por aeronaves AC-130 Spectre, conhecidas como "canhoneiras voadoras". Estão ainda capacitados a prover Comando, Controle, Comunicações, Computação, Inteligência e Informação (C4I2) em regiões avançadas dentro do campo de batalha, além de estarem qualificados em ações de demolição e sabotagem, bem como prontos para remover obstáculos ou obstruções em uma zona de assalto. Não menos importantes, os demais membros da equipe STS, os paraquedistas de resgate, estão preparados para prestar o atendimento médico necessário para estabilizar e evacuar os feridos. Eles fazem a triagem e tratam os enfermos utilizando-se das mais modernas técnicas e procedimentos da medicina. Mas estão aptos a combater, se necessário, podendo atuar como artilheiros nas aeronaves, como observadores durante a busca ou participar de ações para proteger o perímetro ou àqueles a que foram salvar.
Ao completarem esta fase, cada graduado recebe a tão almejada boina vermelha e a insígnia de controlador aéreo de combate. Inicia-se então um período de treinamento de habilidades avançadas, com duração de um ano, em Hurlburt Field na Flórida, sede do quartel-general do AFSOC, onde os estudantes se familiarizam com as técnicas específicas dos STS tais como captura de aérodromos, busca e resgate em combate, recuperação aquática com botes Zodiac e solicitação de apoio aéreo aproximado, com exercícios em sala de aula e em campo. O curso de mergulhador de combate é realizado na US Army Combat Divers School, em Key West na Flórida, e em quatro semanas aprendem as técnicas de mergulho usando sistema de circuito fechado SCUBA, busca e infiltração subaquática e navegação subaquática de longa de distância com orientação por bússola. O curso avançado de paraquedismo ocorre na US Army Military Free Fall Parachutist School em Fort Bragg, onde durante cinco semanas aprendem as técnicas de salto a grande altitude e abertura do paraquedas próximo ao solo (HALO) e salto a grande altitude e abertura do paraquedas logo a seguir (HAHO), com cada estudante realizando um mínimo de 30 saltos em queda livre, tanto de dia quanto à noite. Fundamentais em qualquer teatro de operações, os controladores aéreos de combate e os paraquedistas de resgate tiveram atuações destacadas em diversos conflitos como na Guerra do Vietnã (1963-1975), na invasão da ilha de Granada (outubro de 1983), no ataque à Cidade do Panamá para a captura do general Noriega (Operação Justa Causa, em 1989), nas Guerras do Golfo (Iraque, 1990 e 2003), na intervenção na Somália (1992) e no Afeganistão (2001-2015). |
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