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instabilidade política na América Latina |
Haviam ainda os movimentos revolucionários, de diversas linhas de pensamento, reprimidos de forma impiedosa. Nas décadas de 80 e 90 fomos varridos pelos ventos da democracia. Governos legítimos, eleitos pela força das urnas, se estabeleceram de norte a sul do continente, com as bençãos dos Estados Unidos, que já não precisavam mais do apoio dos caudilhos em sua luta contra o comunismo em decadência. Chegaram prometendo uma era de abundância, crescimento econômico, erradicação da pobreza e estabilidade política. Multinacionais investiram bilhões de dólares nas privatizações e na instalação ou ampliação de suas filiais. Os mercados financeiros atraíram inúmeros aplicadores estrangeiros. Mas infelizmente os problemas estruturais não foram resolvidos. A corrupção permaneceu impune e os índices de violência urbana, desemprego e pobreza cresceram assustadoramente. Resultado: a Argentina teve cinco presidentes nos útimos quatro meses e atravessa um período turbulento, com consequências imprevisíveis; Equador, Bolívia e Paraguai enfrentam distúrbios sociais e impopularidade de seus governantes; a Venezuela tirou Hugo Chavez do poder e o reconduziu no espaço de uma semana. Porém o que realmente preocupa é a guerra civil na Colômbia e a volta do Sendero Luminoso no Peru. O Exército colombiano, com assessoria americana tenta recuperar terreno em poder das FARC ( Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) que bem armada e preparada promete resistir até o último homem. Ou em último caso atravessar a fronteira com o Brasil e se refugiar na selva amazônica, para onde o Ministério da Defesa tem deslocado maiores efetivos das três Armas, em permanente estado de alerta para evitar que o sangue de guerras alheias manche o solo de nosso país. |
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