Surpresa ao amanhecer - Ataque japonês a Pearl Harbor

Teriam desprezado um aviso prévio do ataque para forçar a entrada dos EUA na guerra?



Pearl Harbor logo após o ataque japonês Às 8 horas da manhã de 7 de dezembro de 1941, a Frota Americana do Pacífico, estacionada em Pearl Harbor, na ilha havaina de Oahu, foi severamente atacada pela primeira vaga de aviões japoneses, cerca de 183, oriundos de porta-aviões estacionados ao largo da costa. Vinte minutos depois uma segunda vaga, cerca de 170 aviões, despejou suas bombas sobre os navios gigantes americanos, não dando tempo para qualquer tipo de reação.

Os resultados foram assustadores: 18 navios, incluindo todos os encouraçados, tinham sido afundados ou danificados; dúzias de aviões do Exército e da Marinha destruídos; 2.403 vidas perdidas e 1.178 feridos. As perdas japonesas foram mínimas: 29 aviões, 6 submarinos e menos de 100 mortos. No dia seguinte, o Presidente Franklin D.Roosevelt assinou a declaração de guerra ao Japão. Depois de uma investigação no local efetuada pelo Secretário da Marinha, Frank Knox, o almirante Kimmel e o general Short, comandantes militares daquela área, foram demitidos de seus cargos.

Poderiam eles ter sido responsabilizados por não terem sabido avaliar a gravidade da situação antes do ataque, diante dos avisos das estações de radar e dos navios de patrulha, e tomado as precauções para responder ao ataque? Seriam precisos 50 anos para que se encontrasse resposta para essa pergunta. Historiadores que investigaram Pearl Harbor por décadas, concluíram que os EUA queriam manter a paz com o Japão tanto tempo quanto possível, a fim de estarem livres para ajudar a Grã-Bretanha a derrotar o Eixo na Europa, apesar de saberem através de seus serviços de espionagem e de mensagens interceptadas, que os japoneses alimentavam o sonho de expandir seu Império por toda a Ásia e que para isto teriam que neutralizar qualquer reação americana a seus objetivos. O almirante Yamamoto, que planejou o ataque, acreditava que a destruição da esquadra americana desmoralizaria o país de tal modo, que deixaria de opor-se a expansão japonesa.

O Presidente Roosevelt recebeu uma mensagem interceptada na noite de sábado, 6 de dezembro, que nada mais era do que um comunicado final do governo japonês aos EUA, que deveria ser entregue pelo embaixador Nomura somente no dia do ataque, mas a menosprezou. Ou então aguardar que as previsões se concretizassem, mesmo com perdas materiais e humanas, para que o Japão se revelasse como uma potência agressora e facilitasse a aprovação pelo Congresso americano de autorização para que a América enfim entrasse na Segunda Guerra Mundial, o que de fato aconteceu. A vingança americana viria no final de 1945, quando as cidades de Nagasaki e Hiroshima pagariam muito caro pela ousadia de seus governantes em desafiar os Estados Unidos, sendo totalmente devastadas pelas recém criadas bombas atômicas.





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