Programa DD(X) da US Navy O desenvolvimento do mais avançado navio de guerra da Marinha americana. |
Em novembro de 2001, após sua inclusão no Plano de Defesa Quadrienal e principalmente na esteira dos atentados do 11 de setembro, o programa foi reestruturado e em abril de 2001 a Northrop Grumann foi contemplada com um contrato avaliado em US$ 2,9 bilhões para completar a fase de definição do projeto, com previsão de investimentos de US$ 15 bilhões nos cinco anos seguintes. A idéia inicial era de que a nova classe de navios DD(X) compreenderia a construção de 32 unidades. Contudo, em 2008 após diversas análises das ameaças a serem enfrentadas e considerando o alto custo destes navios, a Marinha americana decidiu que o programa seria encerrado após três unidades serem completadas, agora a cargo da General Dynamics Bath Iron Works. O DD(X) foi projetado para atuar principalmente em áreas litorâneas, provendo apoio de fogo naval junto à costa, equipado com o que há de mais avançado em termos de sistemas de combate, armamentos e canhões de última geração, um desenho de casco totalmente inovador com características stealth (furtivas), com um grau de automação que permitirá o uso de reduzidas tripulações, além de grande manobrabilidade e capacidade de sobrevivência em ambiente hostil. Seu armamento principal consistirá de dois canhões AGS (Advanced Gun System) capazes de disparar projéteis guiados de 155 mm, impulsionados por foguetes, com alcance de até 100 km; dois canhões Mk.46 de 30 mm; e 80 células para lançamento vertical de diversos tipos de mísseis, incluindo o Sea Sparrow, o Standard SM-2 e os mísseis de cruzeiro Tomahawk. O radar AESA AN/SPY-3 de banda dupla poderá detectar alvos hostis tanto em terra firme quanto na superfície do mar, mesmo os pequenos barcos típicos de regiões litorâneas.
No centro de comando do DD(X) os tripulantes sentam-se em estações de trabalho em forma de ferradura. Acima delas, diversos painéis de LCD de alta resolução dispostos em círculo mostram uma visão panorâmica do em torno do navio, com imagens capturadas por diversas câmeras embutidas na estrutura. Assim, o pessoal da ponte navegará a embarcação olhando para os displays ao invés de olhar pelas janelas. Além das informações visuais, os tripulantes também recebem o retorno de áudio dos sons ao redor, graças ao sistema de detecção acústica (ADS), um conjunto de microfones que captam os mais sensíveis sons emitidos dentro e fora do navio. O inovador centro de combate, que integra diversos sistemas utilizando-se do conceito de guerra centrada em redes (Network Centric Warfare), mais parece a sala de controle de missão da NASA, com muito mais espaço do que nas tradicionais embarcações da US Navy. O pavimento principal abriga diversas linhas de estações de trabalho, cada uma delas com três monitores de LCD. No pavimento acima, há um mezanino com salas de reunião e planejamento, onde amplas janelas permitem visualizar o deck abaixo e acompanhar todo o movimento no centro de combate. Na popa está localizado um deck de voo desenhado para operar automaticamente e recolher helicópteros ou veículos aéreos não tripulados (UAV) diretamente para dentro do hangar. Logo abaixo existe uma estação para lançar botes infláveis semi-rígidos, para missões de abordagem ou com equipes de forças especiais. O primeiro navio da classe foi batizado como DDG-1000 USS Zumwalt e iniciará os testes de mar ainda em 2014, com os testes dos diversos sistemas em 2015 e a capacidade operacional inicial prevista para 2016. O segundo, o DDG-1001 USS Michael Moonsor iniciará sua operação em 2018 e a terceira unidade, o DDG-1002 USS Lindon B.Johnson deverá estar operacional em 2021. Os navios da classe DD(X) impressionam por seu design inovador, pelo seu poder de fogo e pelos avançados sistemas embarcados, que fazem deles verdadeiras máquinas de guerra do século XXI. |
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