Edição de aniversário
O naufrágio do cruzador Bahia Teria naufragado devido a um incêndio ou atingido por um torpedo alemão? |
Nessas formações sua silhueta era inconfundível: sempre na vanguarda, como competia a um navio de apoio de artilharia, desenvolvendo alta velocidade, em constante ziguezague. Por várias vezes manteve contato direto com o inimigo, submarinos alemães, os U-Boat, que rondavam por nossa vasta costa. Em 3 de junho de 1943, atacado por um torpedo, reagiu lançando seis bombas de profundidade e em 10 de julho, após captar o eco de um submarino lançou três bombas, fazendo com que nas duas oportunidades o comboio e a escolta saíssem ilesos. No dia 3 de julho de 1945, partindo de Recife, o cruzador mandou mensagens de rotina e então as comunicações cessaram: para a Marinha ele estava executando missão na Estação 13, quando, na realidade, o valente navio estava no fundo do mar. Após cinco longos dias sem notícias, o cargueiro inglês Balfe recolheu no mar alguns sobreviventes do cruzador naufragado e finalmente os detalhes da terrível catástrofe foram conhecidos: dos 373 homens a bordo, somente 26 haviam sobrevivido. Nunca tinha havido uma tragédia tão dolorosa na história de nossa Marinha. Segundo as investigações o Bahia fora sinistrado por uma rajada de metralhadora do próprio navio, durante um exercício, que por acidente atingiu bombas de profundidade localizadas na popa, cuja explosão provocou uma abertura no casco, que ocasionou o afundamento da belonave em poucos minutos. Porém alguns oficiais atribuíam o desastre do cruzador aos nazistas. Sua versão: por sua ação destacada na defesa de comboios e na caça aos U-Boat, como no episódio da destruição do U-128 no qual apoiou o Jaguaribe, o Bahia já era um navio marcado pelo inimigo. No dia fatídico, o velho cruzador estava sendo seguido por um submarino alemão, que aproveitou a ocasião em que ele parou para lançar ao mar o alvo do exercício com metralhadora.
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