Comando do Sayeret Egoz - Israel

Atuação: Guerra dos Seis Dias - 1967


O Sayeret Egoz é uma unidade de operações especiais das Forças de Defesa de Israel (IDF - Israel Defense Forces), operacionalmente vinculada ao Exército, especializada em missões de reconhecimento e inteligência atrás das linhas inimigas, combate com técnicas de guerrilha, guerra anti-guerrilha e mais recentemente incorporando ações anti-terroristas. Antes do ano de 2000, a unidade atuava principalmente na área do Comando Nordeste das IDF, combatendo ameaças do grupo Hezbollah. Depois da retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, estas operações foram transferidas para a margem ocidental do rio Jordão e para a Faixa de Gaza. Entre 2003 e 2004, o o Sayeret Egoz evitou mais atos terroristas do que qualquer outra unidade das IDF. O treinamento básico dura 8 meses e o avançado mais 3 meses, onde o voluntário é exaustivamente testado física e psicologicamente, antes de receber a boina vermelha e o distintivo do Egoz. Todos possuem o curso de paraquedismo. Terminada esta fase, os soldados têm seu batismo de fogo em operações especiais realizadas na Faixa de Gaza, no Líbano e na Síria, atuando em equipes entre 15 e 20 homens. As IDF, por óbvias razões de segurança, não divulga maiores detalhes sobre estas atividades ou sobre as unidades envolvidas.

Em maio de 1967, o Egito bloqueou as rotas de comércio israelenses através do Canal de Suez e sua artilharia cobria a passagem do Golfo de Áqaba, a Síria havia tomado o alto das colinas de Golan de onde de seus obuses podiam atingir os assentamentos judeus próximos à fronteira e os refugiados palestinos eram uma séria ameaça à segurança de Israel. Tropas egípcias foram dispostas ao longo da margem oeste do Canal de Suez e o Iraque, a Jordânia, a Síria e a Arábia Saudita haviam disposto suas tropas ao longo de suas fronteiras com Israel. No início de junho, os líderes israelenses sabiam que um ataque coordenado dos árabes era iminente e então antes que isto acontecesse decidiram por um ataque preventivo, lançando no amanhecer de 5 de junho um bombardeio às principais bases aéreas do Egito. Estes ataques foram bem planejados e bem executados, resultando em virtual imobilização da Força Aérea egípcia nos dias de hostilidades que se seguiram.

Com a superioridade aérea garantida, em 9 de junho os israelenses executaram um assalto às colinas de Golan e após um dia de intensos combates ela foi recapturada. Nos dias seguintes suas forças avançaram em direção ao Suez, conquistando diversas posições estratégicas ao longo do canal como Ismailiya, os passos de Mitla e Giddi, El Tur e Sharm El Sheik, ao mesmo tempo que repelia as outras forças dos países árabes de volta às suas respectivas fronteiras. Como resultado do que ficou conhecido como a Guerra dos Seis Dias, toda a região do Sinai permaneceu em mãos israelenses, bem como a margem ocidental do Rio Jordão e as colinas de Golan. Em todas estas ações foi fundamental a participação do Sayeret Egoz e das demais unidades de forças especiais, não só fazendo o reconhecimento das tropas inimigas e gerando relatórios para a Inteligência, mas também em efetivas ações de comandos, como o ataque e tomada da cidade de Sharm El Sheik localizada às margens do Mar Vermelho, na entrada do Golfo de Suez e incursões em profundidade em território egípcio a mais de 300 km das linhas israelenses, estas fundamentais para identificar a concentração de tropas inimigas, localização de sítios de defesa antiaérea e efetuar ações de sabotagem.

Este membro do Sayeret Egoz traja o uniforme camuflado da época de sua atuação na Guerra dos Seis Dias, embora nos dias atuais o uniforme padrão seja na cor verde escuro. Em unidades de comandos é comum que seus membros usem uniformes ou vestimentas adaptadas ao ambiente operacional, podendo variar entre o todo preto, o camuflado e até mesmo trajes civis. Como citamos anteriormente muitas das informações sobre as unidades das IDF, suas armas e equipamentos por exemplo, são altamente classificadas, mas visualmente podemos fazer algumas suposições. Além dos suprimentos de praxe, como o cantil, a faca de combate, kits de primeiros-socorros e pentes de munição sobressalentes presos ao cinturão, observamos que ele carrega na mão esquerda o que parece ser um lança-granadas M-79, calibre 40 mm, de origem americana. Embora o fuzil de assalto padrão do Exército israelense na década de 60 fosse o belga FN FAL (o IMI Galil só seria incorporado nos anos 70), este comando pode estar equipado com um fuzil AK-47, cal. 7.62mm, que podia ser de uso das forças especiais ou até mesmo capturado aos árabes, já que o FAL era muito suscetível a falhas depois de exposto à areia e à poeira do deserto, e alguns homens preferiam a confiabilidade e robustez do fuzil russo.




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