Paraquedista - Alemanha

Segunda Guerra Mundial
Atuação: Itália - 1943


Os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial viram os paraquedistas alemães fazendo uso de uniformes especialmente desenhados para suas funções. Mas por volta de 1943, período no qual as forças aerotransportadas estavam sofrendo terríveis baixas na frente Leste, no combate ao Exército soviético, de forma geral os equipamentos fornecidos a esta tropa de elite já não eram tão exclusivos e seguiam o padrão do Exército alemão. Especialmente depois do relativo fracasso do lançamento dos páras na tomada da ilha de Creta, essa unidade não mais foi utilizada para grandes operações aerotransportadas até o fim do conflito.

Porém o soldado ao lado, no caso ocupando o posto de sargento-major, ainda carrega dois itens característicos dos paraquedistas alemães: o rifle FG-42, o qual foi um dos primeiros fuzis de assalto de concepção avançada à época, desenhado e produzido especificamente para esta função, e o capacete coberto com tela para aplicação de folhagens que auxiliavam na camuflagem do combatente. O sobretudo, padrão do pessoal de apoio em terra da Luftwaffe, com camuflagem de lascas ou cacos em dois tons, possui três bolsos verticais para munição. As calças, com padronagem para climas tropicais, são afiveladas na altura dos tornozelos.

Os paraquedistas alemães, operacionalmente vinculados à Força Aérea (Luftwaffe) e não ao Exército, considerados por Hitler como uma de suas principais armas secretas, tiveram atuação destacada na guerra, sempre cumprindo suas missões com destemor. Na tomada de Creta em maio de 1941, transportados por aviões Junkers Ju-52 que podiam levar cerca de dezoito soldados equipados, enfrentaram feroz resistência dos ingleses tendo que lutar palmo a palmo para conquistá-la, sofrendo pesadas baixas ao final de uma semana de combates, perdendo quase 3.700 homens e com 151 Ju-52 abatidos.

No assalto à fortaleza belga de Eban-Emael em maio de 1940, a despeito de sua quase invulnerabilidade, os paraquedistas a tomaram em questão de horas, quando um grupo de 55 homens desceu na parte superior do forte e utilizando-se do recém inventado explosivo de carga oca simplesmente o esfacelou, abrindo caminho para as tropas terrestres chegarem à capital belga.

Em outra ação fantástica desta tropa, o resgate de Mussolini nos Alpes italianos em setembro de 1943, uma companhia de paraquedistas desceu de planadores em uma pequena área em frente ao hotel na montanha onde o líder italiano era mantido sob custódia, e não dando chance de reação aos guardas levaram Mussolini de avião ao encontro de Hitler. Lançados do ar ou em terra acumularam façanhas assombrosas, conquistando o respeito de seus adversários pela forma corajosa e profissional com que sempre combateram.

 



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