Real Fuzileiro Naval - Grã-Bretanha

Atuação: Guerra das Malvinas - 1982


Desde 1945, os Reais Fuzileiros Navais britânicos (Royal Marines) participam de atividades no mundo inteiro. Por constituírem uma força pequena, flexível e de alta mobilidade, suas unidades (comandos) têm sido acionadas sempre que se trata de defender os interesses da Coroa britânica. Uma das operações em que essa tropa se envolveu foi na Guerra da Coréia (1950-53), em que o Comando 41 foi cercado por forças chinesas em Chosin e nos combates da difícil retirada perdeu setenta de seus duzentos homens, recebendo menção honrosa por seus esforços.

Na crise do Canal de Suez, em 1956, foi a vez dos Comandos 40, 42 e 45 da 3ª Brigada tomarem a frente no ataque a Port Said. Lutas mais árduas ocorreram em Bornéu, onde os Reais Fuzileiros ajudaram as forças do sultão de Brunei contra revoltas internas e tentativas da Indonésia de dominar o país. Nas matas cerradas da região, os fuzileiros demonstraram excelente nível de treinamento para a guerra na selva, vencendo os soldados indonésios em várias batalhas.

Em 1964, participaram dos conflitos em Aden, combatendo as tribos rebeldes nas desoladas montanhas do Rafdan e patrulhando as ruas da cidade. No final da década de 60 os Royal Marines integraram-se às forças da OTAN, com a missão especial de vigiar o flanco norte da Europa. Seu grande preparo para as missões anfíbias foi posto à prova na Guerra das Malvinas. Três comandos desembarcaram em San Carlos e penetraram até Port Stanley, a capital, onde lutaram pela retomada das ilhas, enfrentado adversas condições meteorológicas.

Nos anos oitenta os marines britânicos estavam organizados em uma brigada-comando (composta por três grupos-comandos), um comando de regimento de artilharia, dois esquadrões de engenharia, um esquadrão de helicópteros, alguns comandos especializados, como o SBS (Special Boat Squadron) grupo de elite destinado a proteger instalações petrolíferas no mar do Norte, entre outras missões específicas da unidade.

Além do casaco e das calças confeccionados em tecido camuflado, este fuzileiro naval veste cachecol, perneiras, botas impermeáveis e luvas para combate no frio. Preso à boina verde do comando encontra-se o distintivo de bronze (um globo com louros) que representa os Reais Fuzileiros Navais. O cinturão segue o modelo de 1958 e nele se vê claramente, perto da fivela, um pacote de curativos de emergência. Embora a metralhadora FN GPMG fosse a mais usada pelas forças britânicas, este soldado porta uma L4A4 semicamuflada, de 7.62 mm, que corresponde à antiga Bren de mesmo calibre, adaptada para comportar os cartuchos padronizados da OTAN.

 



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