Ranking
do Poder Militar na América do Sul - 2015 / 2016 |
O
presente estudo foi elaborado utilizando-se uma metodologia
exclusiva desenvolvida pelo Military Power Review, onde foram
analisados fatores militares, econômicos e geopolíticos
de cada país, atribuindo-se pontos e um peso para cada item
de acordo com sua importância, que em sua totalidade refletiram
a escala de poder das principais nações sul-americanas: |
País |
Exército (pts.) |
Marinha (pts.) |
Força
Aérea (pts.) |
Efetivos / Pop. (pts.) |
G.M.
/ PIB (pts.) |
EDN (pts.) |
P.E.
(pts.) |
Total
de pontos |
Ranking |
Brasil |
354 |
175 |
405 |
10 |
30 |
10 |
60 |
1.044 |
1º |
Chile |
240 |
107 |
243 |
30 |
30 |
-10 |
20 |
660 |
2º |
Peru |
268 |
134 |
168 |
30 |
30 |
-40 |
40 |
630 |
3º |
Venezuela |
261 |
86 |
216 |
30 |
20 |
-10 |
25 |
628 |
4º |
Colômbia |
91 |
84 |
317 |
40 |
50 |
0 |
40 |
622 |
5º |
Argentina |
259 |
93 |
89 |
20 |
30 |
-20 |
35 |
506 |
6º |
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Situação
atual e perpectivas: |
Brasil: a Força Aérea após a assinatura do contrato para a aquisição de 36 unidades do caça sueco Gripen NG, negociou um pacote de armamentos para ele, que inclui mísseis ar-ar Iris-T e A-Darter, e bombas guiadas Spice-250 e Spice-1000. O avião de transporte KC-390, desenvolvido pela Embraer, iniciou sua campanha de ensaios em voo, porém por falta de recursos o cronograma deve que ser alterado, atrasando o seu desenvolvimento e as primeiras entregas. Os mísseis anti-radiação MAR-1 e ar-ar A-Darter preparam-se para iniciar sua vida operacional na FAB, com boas perspectivas de sucesso de exportação. A modernização dos caças A-1M (AMX) também sofreu alterações em seu cronograma e diminuiu-se o número de aeronaves a serem atualizadas. Aguarda-se a entrega das 3 aeronaves de transporte C-295 Airbus configuradas para missões SAR, sendo designados SC-105. Até o momento foram incorporados cerca de vinte e seis unidades do helicóptero H225M Caracal para as três Forças, de um total de cinquenta encomendados. A mais nova aeronave de transporte da FAB é um Boeing 767 arrendado a uma empresa civil designado C-767 com matrícula 2900; o Exército Brasileiro adquiriu mais um pequeno lote do blindado de transporte sobre rodas VBTP Guarani para manter a linha de produção ativa e iniciou os estudos para uma versão 8x8 armada com canhão de 90 ou 105 mm. Foi contratada junto a BAE Systems a modernização de 236 unidades do blindados M-113B que se somarão aos 150 já modernizados. Aguarda-se a chegada dos primeiros canhões autopropulsados M-109A5 dos 36 adquiridos dos estoques do US Army. Os trabalhos de modernização dos helicópteros HM-1 Pantera e HA-1 Fennec / Esquilo continuam, mas devido aos cortes de verbas o cronograma de entregas foi alongado. O rifle de assalto Imbel IA2, de 5,56 mm foi escolhido como arma padrão do EB e deverá ser encomendado em quantidades consideráveis nos próximos anos. Foram adquiridas algumas unidades do UAV tático FT-100. O desenvolvimento do míssil de cruzeiro AV-TM-300 avança dentro do programa Astros 2020; a Marinha completou sua dotação de seis helicópteros novos Seahawk S-70B para combate antissubmarino, com possibilidade de aquisição de mais duas unidades. Continua o desenvolvimento do míssil antinavio MANSUP, com envolvimento de empresas brasileiras e da européia MBDA. Finalmente foi adquirido o navio LPD Siroco da Marinha francesa, que já se encontra incorporado ao serviço ativo, agora designado NDM-40 Bahia, uma belonave bem conservada e muito importante para a projeção de força, apoio a operações no exterior e assistência humanitária em caso de catástrofes naturais. De interesse das Forças Armadas por ter um canal de comunicações militares exclusivo, o lançamento do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB) é aguardado para o próximo ano. Colômbia: a Força Aérea estuda a aquisição de novos caças de superioridade aérea, com ofertas de aeronaves F-16, Rafale e Gripen, com a tendência de que seja escolhida a de procedência americana. Pretende também substituir as aeronaves de treinamento avançado, sendo um candidato o M-346 da Aermacchi; o Exército incorporou 32 blindados 8x8 LAV III, que é um veículo originado do Mowag Piranha suíço. Há muito se fala da possibilidade de dotar o Exército com um moderno carro de combate, hoje inexistente em seu inventário, mas nada de concreto foi definido até o momento; A Marinha já incorporou dois navios-patrulha OPV-80, projeto da Fassmer alemã e fabricados no país pela COTECMAR, um terceiro está em construção e mais três deverão ser encomendados nos próximos anos. Estuda um projeto para incorporar até oito fragatas modernas de 6.000 ton de deslocamento até o ano de 2035, ainda sem desenho ou fornecedores definidos. Pretende-se adquirir helicópteros médios Bell 412 e SH-60R Seahawk especializados em guerra antissubmarino para dotar os futuros navios escolta e os OPV ora em construção.
Chile: a Força Aérea anunciou a encomenda
de seis helicópteros S-70i Black Hawk novos de fábrica,
para dotar o Grupo de Aviação nº5. Foi recebido
um novo avião de transporte/REVO KC-130R Hercules. A dotação
dos helicópteros utilitários Bell 412 está
completa, agora com dezesseis aeronaves; o Exército estuda
adquirir um novo lote de carros de combate Leopard 2A4 para padronizar
suas unidades blindadas. Há estudos para incorporar aeronaves
de transporte de médio porte, com preferências para
o Airbus C-295M ou o C-27J Spartan; A Marinha incorporou a quarta
unidade do navio-patrulha OPV-80
classe Piloto Pardo, construído no país
pelo estaleiro ASMAR, com intenção de encomendar mais
duas unidades em futuro próximo. Os dois aviões de
patrulha marítima P-3ACH Orion passarão por uma modernização
que estenderá sua vida útil em mais 15.000 horas aproximadamente.
Argentina: o governo adquiriu novos radares 3D
para complementar a rede de controle do espaço aéreo
argentino. A Força Aérea necessita urgentemente recompor
sua aviação de caça e vem analisando diversas
ofertas de aeronaves de segunda mão, porém tem esbarrado
na crônica falta de verbas; O Exército está
buscando no mercado internacional um lote de helicópteros
UH-60 Black Hawk
usados, para substituir alguns dos antigos Huey UH-1H de sua Aviação,
que recentemente incorporou 20 helicópteros Agusta AB-206
usados, que pertenciam aos Carabinieri italianos. Foi assinado com
as empresas israelenses IMI, Elbit e Tadiram um contrato para a
modernização de 74 carros
de combate TAM para o padrão 2C e entre os itens a serem
atualizados figura a troca de sistema hidráulico original
da torreta de armas por um sistema totalmente elétrico, a
substituição dos sistemas de pontaria e ópticos
de visualização ultrapassados por tipos de última
geração, os sistemas de alerta laser, gerenciamento
de informação de combate diurno e noturno em tempo
real e comunicações, bem como blindagem adicional
em partes da estrutura. Para ver os principais equipamentos de cada país, inclusive quantidades e versões, clique aqui ou acesse nossa seção "Defesa Global" |
Notas
importantes: Exército: pontuaram tanques pesados (MBT), blindados 6x6 e 8x8 artilhados, blindados de transporte de tropas, canhões autopropulsados e helicópteros. .Marinha: pontuaram navios-aeródromos, submarinos, fragatas, corvetas, navios de patrulha, helicópteros e aviões de esclarecimento marítimo/patrulha/anti- submarinos. Força Aérea: pontuaram aviões AEW&C/SR, caças, aviões de ataque (a jato), aviões leves de treinamento/ataque, aeronaves de transporte/reabastecimento em vôo e helicópteros. Efetivos / Pop. = índice do total de efetivos das três Armas em relação à população do país. Quanto maior este índice maior a pontuação recebida (de 10 a 50 pontos). G.M./ PIB = índice dos gastos militares em relação ao Produto Interno Bruto(PIB). Quanto maior este índice maior a pontuação recebida (de 10 a 50 pontos). EDN = Estratégia de Defesa Nacional: considerou-se planejamento de longo prazo, vontade política, interesse no fortalecimento das Forças Armadas, indústria bélica e Política de Defesa Nacional. P.E. = Projeção Estratégica: considerou-se a população total, área do país, efetivos militares, Produto Interno Bruto (PIB), capacidade de mobilização e atuação em missões de paz da ONU. Nota do editor 1: A partir da edição 2008, alteramos a pontuação de alguns equipamentos para que refletissem melhor a sua importância, o que fez a pontuação final de cada país aumentar em relação aos resultados de 2004 e 2006. Nota do editor 2: A partir da edição 2010, resolvemos ponderar o estágio atual da indústria e o grau de obsolescência dos armamentos, com o intuito de melhor refletir o real poder de disuassão de cada país. Nota do editor 3: A partir da edição 2012, alteramos consideravelmente a pontuação pela quantidade de aeronaves de caça das Forças Aéreas e de carros de combate (MBT) dos Exércitos, o que evidentemente elevou a pontuação final de cada país em relação aos anos anteriores. Nota do editor 4: A partir da edição 2014, passamos a considerar também o nível de investimento de cada país na aquisição de novos equipamentos, no referido período. |
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