Comandos Navais - Noruega

Membro do MJK em missão de reconhecimento. Oficialmente denominada Marinejegerkommandoen (MJK = Navy Ranger Command) a unidade de Forças Especiais da Marinha norueguesa foi criada em 1951. Está dividida em duas unidades operativas, uma das quais localizada em Ramsund, no nordeste do país e a outra está aquartelada na base naval de Haakonsvern, em Bergen. O MJK pode atuar em diversos tipos de operações, tais como guerra não-convencional, contra-guerrilha, missões de reconhecimento, recuperação ou proteção de navios ou plataformas de petróleo, contra-terrorismo, resgate de reféns e ações diretas (sabotagens, incursões e seqüestro ou eliminação de oficiais inimigos). Como é de se esperar de qualquer tropa especial de renome, o treinamento para se tornar um membro do MJK é longo e árduo com duração de dois anos, sendo complementado pelos cursos do período contratual como técnico em primeiros-socorros, tiro de sniper e controlador aéreo avançado.

Os candidatos são submetidos a testes extremos, um destes consistindo em percorrer uma trilha carregando uma mochila com 60 kg de equipamentos, enquanto são perseguidos pelo "inimigo", e quando "capturados" passam por um ríspido interrogatório de 36 horas, que testará sua resistência física e psicológica. Após concluída a fase de treinamento, todos os membros do MJK são designados oficiais, o que mantém um nível de autoridade e independência operacional em relação à outras unidades não especiais das forças armadas norueguesas. A despeito de não ser tão famosa como suas congêneres, por exemplo o SAS britânico, os SEALs americanos ou o COMSUBIN italiano, o MJK é considerado pelos especialistas militares como uma unidade de operações especiais de primeira linha.

Mergulhador de combate do MJK em missão de infiltração.Conforme definido em sua doutrina básica "os membros do MJK devem ser capazes de executar missões onde o uso de forças convencionais não é adequado ou suficiente. Devem ter alta mobilidade, estar preparados para atuar com força extrema, agilidade e eficiente poder de fogo, especializados e equipados para operar tanto em terra como no mar com a mesma eficiência, ainda que submetidos a condições climáticas adversas ou sob a tensão do combate." O MJK é parte integrante do comando de operações especiais criado para proteger os interesses da Noruega, tanto no ambiente doméstico como na arena internacional, onde está preparado para atuar em conjunto com unidades semelhantes dos países membros da OTAN. Os comandos navais têm participado de um sem número de operações internacionais, mais notadamente e muito recentemente na "Operação Liberdade Duradoura" no Iraque e no combate aos guerrilheiros talibans no Afeganistão. Embora a participação do MJK nestas missões tenha sido mantida em segredo, acredita-se que tenha participado de ações diretas, controle aéreo avançado e reconhecimento/vigilância em território hostil, em cooperação com as unidades de forças especiais dos Estados Unidos.

Em solo afegão foi a única unidade que não precisou ser evacuada por problemas de desidratação nas extremas condições do clima desértico e ainda se tornou a unidade que executou o maior número de missões entre todas que participavam da Coalizão. Por esta relevante atuação no Afeganistão, o MJK foi agraciado com a "Navy Presidential Unit Citation", a mais alta condecoração dada a unidades militares pelo governo americano, o que atesta seu elevado profissionalismo e eficiência operacional. Entre os principais armamentos utilizados estão os fuzis de assalto Heckler & Koch HK-416 e G-36C, ambos de 5.56 mm, fuzis para sniper Accuracy International L115A1 e HK PSG-1, fuzil anti-material Barret M82A1, calibre 12,7 mm, submetralhadora HK MP-5, metralhadoras pesadas Browning M2 e FN Minimi, pistolas HK USP, de 9 mm, e lança-rojões M-72 LAW.





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